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João Neves da Fontoura é o mais celebrado cidadão de Cachoeira do Sul
O ministro das Relações Exteriores do Governo Getúlio Vargas, cachoeirense João Neves da Fontoura, é o cidadão mais celebrado na história de Cachoeira do Sul. Escritor, advogado e político, João Neves foi uma das personalidades mais influentes nos destinos do Rio Grande do Sul e do país na primeira metade do século 20. “Trata-se do maior cachoeirense da história”, define o médico e cronista Carlos Eduardo Florence.
João Neves foi prefeito de Cachoeira do Sul e o grande líder republicano de sua época. Participou da Aliança Liberal e da Revolução de 1930 que colocou Getúlio Vargas no poder.
Ministro das Relações Exteriores e embaixador do Brasil em Portugal e França, ocupou também uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, por ser escritor e editorialista de O Globo. Foi vice-governador do Rio Grande do Sul, mas antes disso tornou Cachoeira um exemplo de urbanismo nos anos 20 e 30, calçando ruas e implantando serviços de água e esgoto.
O reconhecimento de sua cidade veio através da denominação patronímica da avenida que dá acesso à cidade. O Estado prestou sua homenagem, eternizando João Neves como nome de uma das maiores escolas de Cachoeira.
Prefeito municipal, chegou a deputado estadual e secretário de Educação do Estado. Era diretor do Jornal do Povo quando faleceu prematuramente. Teve intensa participação nas atividades católicas do município, como a Ação Católica. Na Prefeitura, abriu a Avenida Brasil até a Quinta da Boa Vista e conseguiu a obra da Ponte do Fandango para Cachoeira.
Fundador e presidente durante 22 anos da Sociedade Rio Branco nos piores anos de beligerância contra os descendentes de alemães em Cachoeira, 1914 a 1918, por ocasião da Primeira Guerra Mundial. Foi também provedor do HCB, de 1926 a 1933, além de grande benemérito da instituição. Comerciante, foi cônsul da Áustria em Cachoeira, sempre presente nos projetos comunitários. Era tcheco e ajudou a fundar o Colégio Barão do Rio Branco. Foi conselheiro (vereador), mas nunca quis assumir a Intendência (Prefeitura). Nas piores crises do HCB, chegava a investir recursos próprios para impedir o fechamento.
Grande industrial do arroz, chegou a provedor do HCB de 1937 a 1942, quando foi construído o atual prédio do hospital (parte antiga). "Foi o grande construtor da Casa da Criança" (Armando Fagundes), que abrigava as crianças abandonadas da cidade. Foi presidente e benemérito do Clube Comercial e um dos criadores da Escola do Senai. Trabalhou também pelo Asilo da Velhice. "Nas maiores iniciativas sempre era encontrado como um dos esteios", resume o historiador João Carlos Mór.
Barão do arroz, foi prefeito municipal e homem-símbolo dos engenhos que transformaram a cidade na virada do século em um pólo industrial. Chegou a deputado estadual, sendo constituinte de 1947. Atuou em diversas entidades de classe, sempre colaborando com causas comunitárias.
"É o Isidoro Neves da Fontoura da segunda metade do século", diz Ione Carlos, uma das maiores pesquisadoras da história do município. Chefe político da mais influente família de Cachoeira nas últimas décadas, foi deputado estadual, deputado federal, presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e vice-governador do Estado. Foi também secretário de Obras do Estado, secretário de Justiça do Estado, presidente da Caixa Econômica Estadual e colaborador com HCB, Sociedade Rio Branco e Asilo Nossa Senhora Medianeira.
Empresário e liderança comunitária. Fundou o Aeroclube, trabalhou no HCB como tesoureiro (39 a 41) e provedor (65 a 81) do HCB, fundando também o Rotary Club Cachoeira do Sul. Foi governador do Rotary e atuou na Defesa Civil por vários anos, até mesmo apagando incêndio como bombeiro. Presidiu a comissão de obras do Clube Comercial e soma uma expressiva participação em inúmeras atividades comunitárias. "Insubstituível", diz João Carlos Mór.
Natural de Caçapava do Sul, fez sua vida profissional em Cachoeira como advogado, fazendo da cidade seu domicílio eleitoral e político. Várias vezes governador do Estado, encaminhou muitos benefícios para Cachoeira. Sua referência no município é a Fazenda do Irapuazinho. Foi delegado de polícia em Cachoeira em 1889, passando, seis anos depois, a chefe de polícia do Rio Grande do Sul. Presidiu o Estado de 1898 a 1928, em três mandatos.
Advogado e jurista renomado, foi chefe da Casa Civil do presidente Emílio Garrastazu Médici e uma das eminências intelectuais do governo de exceção dos anos 70. Foi o grande responsável pela transição democrática em 1984, ao negociar a posse de José Sarney depois do falecimento de Tancredo Neves.
Fundador da Mernak, impulsionou a industrialização local, e a sua firma por várias décadas foi o sustentáculo da economia de Cachoeira, como maior geradora de empregos. Contribuiu financeiramente com inúmeras instituições da cidade. Foi presidente da Sociedade Rio Branco e participou e colaborou com inúmeras instituições comunitárias.
"Padre de grandes méritos", lembra o advogado Armando Fagundes, com grande expressão na comunidade católica. "Por longos anos vigário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, foi um sacerdote dotado das melhores virtudes e respeitado na comunidade", completa João Carlos Mór. O bispinho, como era mais conhecido, foi ordenado em Cachoeira do Sul em 4 de março de 1932.
Jornalista e ativista comunitário, fez parte de dezenas de diretorias de várias entidades sociais e beneméritas da cidade. Mas foi no papel de Chefe Paulo, por 52 anos diretor e editor do Jornal do Povo, que entrou para a história, guindando o JP de uma folha municipal a um dos maiores diários do interior do sul do Brasil.
Médico, professor de medicina na Faculdade de Pádua, na Itália, e grande pesquisador. Foi um dos maiores batalhadores pela existência do HCB.
Patriarca da família Germano, de onde vieram os filhos Octávio (vice-governador do Estado, deputado federal e deputado estadual), Pedro (deputado federal e prefeito) e Geraldo (deputado estadual) e os netos Pipa (prefeito) e José Otávio Germano (deputado estadual).
Fundou o Jornal do Povo em 1929, ao lado de Mário Godoy Ilha. Foi um dos grandes incentivadores de todas as campanhas comunitárias enquanto esteve vivo.
Tipógrafo, esportista, jornalista e criador de uma revista na cidade.
Historiador, jornalista e escritor, elaborou a obra definitiva sobre Cachoeira do Sul. Foi diretor do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e diretor dos anais do Ministério das Relações Exteriores. Tem obras importantes sobre os alemães.
Prefeito municipal, foi industrialista, proprietário do estabelecimento Paredão. Chegou a deputado estadual.
Professora de grande renome na rede pública, que encarou a profissão como um sacerdócio.
Professora e artista plástica, é "exemplo de superação do ser humano", na opinião do advogado Nilo Savi.
Idealizador do HCB, foi presidente de sua comissão de obras, trabalhando como provedor de 1918 a 1923. Teve intensa participação comunitária.
Médico de enorme carisma na cidade, atendia todas as camadas da população. Foi prefeito municipal e responsável pelo início da urbanização do município na virada dos anos 70.
Nasceu em Cachoeira. Foi embora com nove anos. Sua atuação, portanto, não foi na cidade. É considerado um gênio em estratégia militar por seus biógrafos, participante das revoluções de 1923 e 1924.
"Ele foi pai e professor de política e administração municipal de João Neves da Fontoura", explica Fritz Strohschoen.
Jornalista, fundador do jornal O Comércio, foi grande ativista comunitário.
"Exemplo de vida do homem do campo", lembra Nilo Savi.
Vereador e criador do Hospital da Liga Operária.
Comerciante estabelecido na Rua Júlio de Castilhos e grande ativista comunitário.
Professora e bibliotecária, foi a primeira diretora mulher da Biblioteca Pública do Estado. É a denominação patronímica das bibliotecas da escola João Neves, em Cachoeira, e da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.
Vereador, deputado estadual por duas vezes e presidente da Assembléia Legislativa. Foi secretário dos Transportes do Estado, diretor da Eletrosul e ministro substituto do Esporte. Atualmente é deputado federal e secretário estadual de Segurança. Recebeu cidadania honorária em mais de 200 municípios.
Maior jurista cachoeirense com militância na cidade por vários anos, foi fundador da subseção da OAB em Cachoeira e secretário de Agricultura do Estado. Presidiu o BRDE, quando atendeu pedidos de empréstimos de várias indústrias locais, e foi consultor do Banco do Brasil, um dos responsáveis pela legislação da antiga carteira agrícola do BB.
Herdeira de uma estirpe de educadoras cachoeirenses, é a maior autoridade no estado em administração de rede pública em municípios, tanto que durante muitos anos exerce esta função na Famurs.
Líder político, deputado estadual e antagonista de Borges de Medeiros. Sob o pseudônimo de Amaro Juvenal, escreveu um clássico da literatura brasileira, Antônio Chimango, uma voraz crítica a Borges.
Professora de música, estudou no Rio de Janeiro com Villa Lobos, de quem recebeu louvor. Professora de canto coral em Cachoeira e em Porto Alegre, foi renomada regente.
Educadora e uma grande conselheira de famílias em questões educacionais.
Gênio na matemática, educadora de muitas gerações em Cachoeira do Sul.
Integrante da primeira turma de alunas mestras da Princesa do Jacuí. Dedicou-se ao magistério por mais de 30 anos, alfabetizando crianças e adultos, sem jamais requerer licenças prêmio ou cumprir totalmente as licenças-gestante.
Comerciante, fundador da Rede Tischler de Supermercados, um dos maiores empregadores privados da região.