OS VENCEDORES DE 2005 - 8º EDIÇÃO

Categoria Infantil (8 à 13 anos)
Vencedor: Flavio Carvalho Monteiro (Poema “Tempo passa”)

“Tempo passa”

O relógio adiantar,
Para o tempo logo passar,
E de noite ficar,
Para o próximo dia chegar.
A gente crescer,
E a preguiça perder,
Ensinar e aprender,
A melhor coisa a fazer.


2º Lugar: Marina Alles Köning (Poema “Felicidade”)

“Felicidade”

Onde encontrá-la?
No dinheiro,
Em nosso trabalho,
Nas pessoas que nos rodeiam,
No amor,
Ou em nossos atos?
A verdade é que todos andam
À procura da felicidade,
E poucos os que dizem encontrá-la,
Porque a maioria tenta conseguir
De maneira errada.
Mas a nossa felicidade
Só será completa
Não sendo causa de lágrimas
Nem o fracasso dos outros,
Só seremos felizes
Se soubermos semear
O que pretendemos colher
No futuro.


Categoria Juvenil (14 à 18 anos)
Vencedor: Ananda Muller (Poema “17 de janeiro”)

“17 de janeiro”

Hoje não há cordilheiras...
As brumas soturnas de meu pesar
Envolveram-nas em seu manto suntuoso,
Desprendendo de nossas vistas
Sua imagem desconexa.
Hoje não há sol...
Brigou o firmamento em seu astro caprichoso
E de pesadelos e vaidade
Far-se-á o dia
Até a chegada de Vênus.
Hoje não há vulto sorumbático...
Deixei-o enclausurado
No topo do infinito,
Não há de perturbar nossos instantes
De plenitude e harmonia.
Hoje só há vida...
Deixemo-nos guiar
Pela sombra da verdade oculta v Presa no rubor de nossa face,
À procura de libertação.
Hoje quero descansar em paz...
Seja no orvalho da aurora
Ou no leito da imperatriz
Quero sentir que há no mundo
Mais do que devaneio.



2º Lugar: Pablo Badek Bernardi (Poema “Dom”)

“Dom”

Quando escrevo
É como se minha alma criasse asas
E em instantes
Minha vida se revelasse
Por completo diante dos meus olhos
Sinto-me capaz de tudo
Um sentimento fugaz
E incontrolável percorre em meu corpo
Nada mais me incomoda
Nada de problemas
Nem anseios
E nesses pequenos instantes
Sou livre
Livre em meus pensamentos
Mas...
O dia em que meu dom acabar
Saberei que a hora chegou
E que estarei pronto para morrer
Morrerei feliz, porque saberei
Que deixo minha vida escrita
Para que todos saibam como fui feliz
E sábio será aquele
Que conseguirá compreender
As entrelinhas...



Categoria Adulto
Vencedor: Bedermino Betat Leite (Poema “Acreditar”)

“Acreditar”

Posso contar os sonhos,
Beijar o seu rosto.
Tenho que acreditar,
Ver, sorrir com as verdades.
Usufruir o empirismo,
Confiar em um amanhã melhor.
Quero balbuciar milagres,
Alardear felicidades,
Contar amenidades e meditar.
Necessito falar com os querubins,
Rever os beija-flores e colher alecrins.
Fidelidade às pequenas coisas.
Olhar no céu um passarinho,
Transformando o seu cantar
Em passos do meu caminho.
Que boa seria essa eterna realidade.
A cada dia vou vencendo dificuldades,
Criando realidades em um mundo feliz.



2º Lugar: Carlos Alberto da Silva Siqueira (Poema “Calçadas da vida”)

“Calçadas da vida”

Num mesmo contexto
De momentos distintos
Valores que se apresentam
Olhares que se confrontam
Sem crédito da vida
Com os joelhos ao chão
Mãos que suplicam o pão.
Num pedestal de arrogância
Com ares de indiferença
Ignora a súplica da existência
Nos cruzamentos da vida
Calçadas estreitas insistem
Em unir valores e diferenças
No incômodo injusto
De quem busca a igualdade
A certeza cruel
De quem nega a piedade
E nos ares e olhares a vida segue
Às vezes piedosa, às vezes cruel
Mostrando a todos o certo
O que é de direito, mas o mundo
Insiste em ser imperfeito.


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